Para marcar o ano da França no Brasil e o centenário do prédio do CCJF, o Setor Educativo programou uma série de atividades para 2009.
"Uma parisiense no Brasil" é uma divertida visita orientada baseada nos relatos dos viajantes franceses.
O visitante aprende, relembra, reflete e conhece detalhes deste olhar feminino, francês e agudo sobre o brasileiro.
A platéia participa, dança, canta e ri com as "francesas".
A história do prédio começa na França de Haussmann, passa pela construção da Avenida Central, pelo restauro do "Supreminho", e termina contando a história de um Centro Cultural.
De brinde, Adélle Touissant e Michelle Toussil relatam suas experiências no Brasil. Nos anos de 1550 e 1850, estas francesas tiveram muito o que falar dos costumes dos brasileiros e brasileiras.
Michelle é uma personagem inventada, viúva, louca pra casar de novo, que acreditava em tudo que lia sobre o Novo Mundo.
Está na maior dúvida (em 1550) se vem ou não para o Brasil. Acredita que aqui as frutas nascem em compotas, mas tem medo dos monstros, dos canibais e dos índios pelados.
Qual será o destino da viúva e ingênua Michelle? Será que ela vem para o Brasil?
Adélle Touissant é uma escritora que realmente existiu e que viveu dez anos no Brasil. Veio com o marido e um bebê de colo e aqui teve seu segundo filho. Escreveu um livro, do qual tiramos o nome da dramatização, Uma parisiense no Brasil, onde relata com perspicácia os costumes dos brasileiros, que já andavam lá pela Rua do Ouvidor.
Veio trabalhar, como muitos franceses, professores de dança, de piano, costureiras, cabeleireiros e confeiteiros.
Como relata em seu livro sincero, estranhou os hábitos dos brasileiros. Mulher direita não saía à rua sozinha, as frutas não precisavam ser divididas em pedaços, como na França, e as mulheres brasileiras entregavam com tranquilidade seus filhos aos cuidados das escravas, o que jamais aconteceria em sua terra natal.
Será que Adélle vai se dar bem no Brasil ou voltar de mãos abanando para Paris?
O que o destino reserva para estas duas francesas?
A terceira francesa é Madame, que teima que os brasileiros falam francês.
Madame "recebe" as amigonas de mais de trezentos anos.
Afinal, os brasileiros andam nus?